terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sobre pessoas sentimentalóides!



Eu tenho mania de sentimentalismo!
Nada de carência, "grudencia", o coisinhas inhas do tipo.
Eu coloco sentimento no guardanapo daquele jantar legal onde todos estavam juntos, ou o papel daquela primeira balinha dada pelo pretendente a futuro namorado, mas se você também é uma diagnosticada sentimentaloide eu não preciso explicar do que se trata, e se não é, não fará sentido fazê-lo.
A questão é (sempre tem de haver uma questão, é por isso que "estamos" aqui!) que, sei lá!! Entenda  motivo pelo qual vi até aqui "escrever" sobre isso...
Ontem foi o dia da faxina de fim de ano! (O fim de ano foi corrido, mais atrasou só alguns dias oras!), e nessa faxina eu resolvi inspirar coragem para os pulmões, e fazer tudo aquilo que a muito, muito tempo eu adiava!
Ta ai um outro problema a ser comentado, adiar, transforma algo chato em algo difícil ,que por sua vez transforma-se em algo desesperador!
E assim descrevo a limpeza, desesperadora. Voltando ao foco!
Achei umas sacolas/caixas com coisas antigas...coisas que comparo com ervas daninhas, a gente arranca,acha que esta tudo limpinho e em algum canto ainda tem um brotinho escondido. Quando a gente é sentimentalóide, guarda o que sobra dos amores e também das dores.Guarda papeis vazios, e papeis cheios de nada,tristezas,agonias, tudo porque nosso sentimentalismo nos impede de jogar aquilo fora. O que um dia foi amor, anos depois se transforma em vergonha alheia de si mesma. Algo que as vezes é tão bonito na sua cabeça,se mostra em um novo angulo, ou a verdadeira face de sempre, que nos não queriamos ou podiamos ver.
É estranho, estranho como algumas historias de amor que foram vividas, foram como contos, estava tudo nas cartas, nas folhas, nos murais da parede...e o que era vivido...era mal vivido... e todo nosso sentimentalismo pelos papeis,plásticos, embalagens não é o mesmo pelas pessoas. Você não as guarda com o mesmo carinho em sua vida. Nós queremos escrever uma historia para ser relembrada nas paginas de uma agenda quando a idade chegar, as pernas não mais aguentarem. Queremos contar como o dia em que aquela seta vermelha aponta, foi importante,trágico e divertido.
Eu sofri com a crise dos sentimetaloides, eu queria guardar coisas que me lembrassem da vida, sem nem saber se um dia u ia querer realmente lembrar daquilo. Eu escrevi muitas vezes 'eu te amo' no rodapé de folhas, mas hoje sem questionamentos, só hoje quando parei de me preocupar em escreve-lo, eu o sinto, eu o vivo, sem me preocupar em guardar objetos que me ajudem a lembra-lo. Ele estará sempre comigo.
É nostálgico saber que todas suas amizades e melhores noites cabem em uma caixa, tudo aquilo que fez de um momento tão especial tem a sua importância reduzida a isso. É como um caixão de lembranças, elas serão até um determinado tempo, lembradas. Mas não muda o fato de que foram enterrada ali, onde podem ser visitadas nos momentos de saudade.
Um ano começa, e eu ainda não tenho a minha agenda de todos os anos, onde escrevo minha historia...E no mais, me pergunto se é o que quero.
Quero aprender, aprender a viver enquanto "escrevo".
Está na hora de libertar as amizades, pra que na hora da saudade, mais do que a foto o bilhete e os sentimentos, possa haver o calor,o barulho uma gargalhada e essas coisas que só os nossos amigos tem.
Quanto ao amor, guardei-o em mim. Não o tranco, nem o encerro. A história continua sendo escrita  vivida!!

E como diz a canção...
"Eu hoje joguei tanta coisa fora;Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.;A casa fica bem melhor assim"


Esses sentimentalóides!

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